Ivete continua na mira de integrantes da Cultura do governo Bolsonaro



A mira do secretário especial da Cultura, Mário Frias, continua voltada para a cantora baiana Ivete Sangalo. Em uma conta do Instagram em apoio a Frias (@mariofrias_noticias), é contestada uma informação do site Metrópoles, segundo o qual Ivete não teria recebido recursos por meio da Lei Rouanet. A postagem resgata pagamentos de 2008 e afirma que blocos em que Ivete era a principal atração receberam, naquele ano, R$ 2,6 milhões.


“O militante do Metrópoles diz que Ivete Sangalo nunca usou a Lei Rouanet, não passa de um mero truque semântico, já que os projetos da Rouanet, em que eram feitos shows da cantora eram feitos por produtoras que não estavam em seu nome, mas ela era a artista do evento. Num primeiro levantamento, já foi identificado 2,6 milhões em projetos em que ela foi beneficiada, mesmo não sendo a empresa que elaborou o projeto, ou seja, ela não colocou o nome no dinheiro, mas colocou o dinheiro no bolso”, diz o texto da publicação, que foi curtido pelo secretário nacional de Incentivo à Cultura, André Porciúncula.


Frias, agora em sua conta oficial, em um balanço geral sobre os investimentos por meio da Rouanet, disse que “foram 48 bilhões [de reais] em 30 anos financiando 20 mil projetos. Porque [sic] eles precisam de dinheiro público? Porque [sic] não construíram uma indústria autossuficiente?”. O secretário especial cita uma resposta de Porciúncula, que disse: “toda essa ladainha é porque paramos de sustentar uma elite artística arrogante e começamos a investir em cultura real. A raiva deles é porque a Rouanet não é mais um bolsa artista de luxo”.


O envio de farpas de integrantes da cultura do governo Bolsonaro à cantora ocorreu após Ivete Sangalo puxar coro contra o presidente durante apresentação que realizou em Natal (RN), no final de dezembro de 2021. Bolsonaro disse que a cantora estaria chateada com o fim da “teta” da Rouanet.


Davi Lemos

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